12 CONSELHOS ÚTEIS PARA QUEM QUER SER ESCRITOR
Escrever é uma arte, e não é das mais simples. Não basta ter apenas uma idéia na cabeça e começar a escrever, acho que 50% inspiração e 50% transpiração já é um bom começo para quem deseja ser escritor, a escritora Thalita enumerou 12 pérolas que são conselhos úteis para quem deseja começar a escrever, o qual transcrevi aqui no site auxiliando quem deseja iniciar na arte das palavras e textos.
1) Nunca é tarde para correr atrás de um sonho. Zélia Gattai começou a escrever aos 63 anos, furou as orelhas aos 80 e hoje é imortal. Mas comece logo. Agora, se possível, tenha você 15 ou 80 anos. Escrever um livro leva tempo, então por que esperar mais? Cada dia de espera é um dia perdido, não volta mais. Aliás, esta dica serve para qualquer sonho que você tiver. Acredite e comece a se mexer. Ficar em casa assistindo à Sessão da Tarde não ajuda nada.
Lembrei-me agora de uma passagem do primeiro livro do Amyr Klink, Cem dias entre Céu e Mar, em que ele conta uma coisa muito bonita. Seu medo maior não era das tempestades, dos tubarões ou da solidão. Seu medo era de nunca sequer partir para tentar realizar o seu sonho de cruzar o Oceano Atlântico remando. Não tentar pode ser muito, muito mais doloroso do que fracassar. Portanto, por mais difícil que possa parecer, NÃO DESISTA!
2) Não se preocupe se os seus primeiros textos não forem um primor. É muito difícil acertar a mão logo de primeira. Continue tentando, continue insistindo. Você vai melhorar. Como dizem os ingleses, “a prática traz a perfeição”. Escreva e reescreva cada parágrafo, cada capítulo dezenas de vezes, se necessário. Eu só paro de alterar um livro quando a editora me obriga a entregar os originais para iniciar o processo de publicação.
3) Aliás… o ato de escrever se resume, basicamente, a duas etapas: a primeira consiste em despejar a história no papel. A segunda, minha preferida, em burilar esse texto “despejado”. Lembre-se de que, como disse o filósofo francês Voltaire, escrever é a arte de cortar palavras. Acredite, é um dos melhores conselhos para quem quer viver de escrever. Não tenha pena do seu texto, corte, corte mais uma vez, mais uma. Limpe as arestas, enxugue as gorduras, mesmo, sem dó nem piedade. Assim, seu texto fica mais enxuto a cada leitura, a cada tratamento e, um belo dia, ele vai estar pronto, tinindo, apenas esperando que você dê a partida e o envie para as editoras.
4) Se você é do tipo que entra em pânico diante de uma tela de Word em branco, compre um gravadorzinho. É uma excelente ferramenta de trabalho, vivo com o meu para cima e para baixo para não deixar as idéias sumirem na memória. Muita gente me diz que o difícil é começar a escrever, que dá um branco, parece que tem uma barreira etc. Com o auxílio do gravador, você simplesmente conta a história para você mesmo. Acredite, depois fica fácil passar para o papel. Você começará apenas transcrevendo suas idéias mas, aos poucos, vai tomar gosto pela escrita e pelo processo de lapidação de texto. E posso adiantar uma coisa? Prepare-se, é uma delícia.
5) Uma forma bem bacana de praticar a escrita (e também de aprender a encarar as críticas numa boa) é criar um blog. Eles proliferam na internet e vieram ao mundo para mostrar o talento de muita gente que andava escrevendo escondida por aí. Além de ser uma maneira de mostrar a sua cara (e seu texto, claro), o blog pode te ajudar a ser encontrado por uma editora, já que cada vez mais a web se firma como celeiro de bons escribas. Se quiser conhecer o meu blog, clique aqui.
6) Não escreva sem saber aonde quer chegar, fica muito difícil. É claro que você pode – e deve – mudar a sua história ao longo do tempo, mas sempre tenha um objetivo definido. Um exemplo: quando comecei a pensar em escrever o Tudo por um Pop Star defini que seriam três amigas, fãs fanáticas (e desastradas), capazes de fazer as maiores loucuras para chegar perto de seus ídolos. Os detalhes vieram depois, nasceram enquanto eu escrevia.
7) Escolha um tema familiar, com o qual você se sinta à vontade. E pesquise o quanto for preciso para dar consistência ao seu romance. Com a Internet, pesquisar os mais diversos assuntos ficou bem mais fácil. E é uma das partes mais gostosas do trabalho de escrever um livro.
Se a história empacar, deixe o livro de lado por algum tempo, mas não desista. De tanto revisar uma parte, você pode acabar não vendo mais o que precisa ser corrigido. Deixe o texto descansar por algumas semanas e depois volte a ele com olhos renovados. Problemas que pareciam insolúveis se resolvem naturalmente.
9) Observe. Tudo. No carro, na portaria, no elevador, na night, observe tudo e todos. O cotidiano é uma infindável fonte de inspiração (bebem dela grandes autores, como João Ubaldo Ribeiro, Mário Prata e Fernando Sabino, só para citar alguns). Um comentário aparentemente inútil e sem importância que você ouviu no elevador pode render idéias saborosas para crônicas, contos e até romances. Fique de olhos e ouvidos bem abertos! Sempre.
10) Cuidado com a opinião de amigos ou mesmo de parentes. Ela pode ser desfavorável (ou não tão otimista quanto você esperava) e abalar a sua garra. Lembre-se de que a última coisa que os pais de Paulo Coelho desejavam era que ele se tornasse escritor. E quem vai dizer agora que ele estava errado? Além do mais, seu livro, por mais que você o ame e o ache perfeito, sempre desagradará a alguém. Nenhum livro (nenhum, mesmo!) tem aprovação unânime. Se alguém criticar seu texto, procure encarar com naturalidade. É difícil, mas é preciso.
11) Molho. Massa sem molho é uma lástima. Fica uma coisa sem graça, insossa, zero apetitosa. Texto sem molho é isso aí e mais um pouco. Escrever corretamente é uma coisa. Escrever com molho é outra. Uma boa história é capaz de prender o leitor. Mas uma boa história com molho pode conquistá-lo e ser o ingrediente que levará seu projeto de livro para frente. Luis Fernando Veríssimo, Fernando Sabino e João Ubaldo Ribeiro são ótimos exemplos de autores que sabem dar molho ao que escrevem.
12) Leia. Leia muito. Livros, jornais, revistas, bulas de remédio, manuais de máquinas fotográficas, blogs, gibis, não importa. É lendo que ficamos em contato com a matéria-prima de todo e qualquer escritor: a língua portuguesa. É como o treino para um jogador de futebol. Sem leitura, um escritor que podia ser craque vira apenas mais um perna-de-pau.
Estes conselhos são da escritora Thalita Rebouças que autorizou esta postagem.
Visite o blog da artista: http://www.thalita.com.br
Escrever é uma arte, e não é das mais simples. Não basta ter apenas uma idéia na cabeça e começar a escrever, acho que 50% inspiração e 50% transpiração já é um bom começo para quem deseja ser escritor, a escritora Thalita enumerou 12 pérolas que são conselhos úteis para quem deseja começar a escrever, o qual transcrevi aqui no site auxiliando quem deseja iniciar na arte das palavras e textos.
1) Nunca é tarde para correr atrás de um sonho. Zélia Gattai começou a escrever aos 63 anos, furou as orelhas aos 80 e hoje é imortal. Mas comece logo. Agora, se possível, tenha você 15 ou 80 anos. Escrever um livro leva tempo, então por que esperar mais? Cada dia de espera é um dia perdido, não volta mais. Aliás, esta dica serve para qualquer sonho que você tiver. Acredite e comece a se mexer. Ficar em casa assistindo à Sessão da Tarde não ajuda nada.
Lembrei-me agora de uma passagem do primeiro livro do Amyr Klink, Cem dias entre Céu e Mar, em que ele conta uma coisa muito bonita. Seu medo maior não era das tempestades, dos tubarões ou da solidão. Seu medo era de nunca sequer partir para tentar realizar o seu sonho de cruzar o Oceano Atlântico remando. Não tentar pode ser muito, muito mais doloroso do que fracassar. Portanto, por mais difícil que possa parecer, NÃO DESISTA!
2) Não se preocupe se os seus primeiros textos não forem um primor. É muito difícil acertar a mão logo de primeira. Continue tentando, continue insistindo. Você vai melhorar. Como dizem os ingleses, “a prática traz a perfeição”. Escreva e reescreva cada parágrafo, cada capítulo dezenas de vezes, se necessário. Eu só paro de alterar um livro quando a editora me obriga a entregar os originais para iniciar o processo de publicação.
3) Aliás… o ato de escrever se resume, basicamente, a duas etapas: a primeira consiste em despejar a história no papel. A segunda, minha preferida, em burilar esse texto “despejado”. Lembre-se de que, como disse o filósofo francês Voltaire, escrever é a arte de cortar palavras. Acredite, é um dos melhores conselhos para quem quer viver de escrever. Não tenha pena do seu texto, corte, corte mais uma vez, mais uma. Limpe as arestas, enxugue as gorduras, mesmo, sem dó nem piedade. Assim, seu texto fica mais enxuto a cada leitura, a cada tratamento e, um belo dia, ele vai estar pronto, tinindo, apenas esperando que você dê a partida e o envie para as editoras.
4) Se você é do tipo que entra em pânico diante de uma tela de Word em branco, compre um gravadorzinho. É uma excelente ferramenta de trabalho, vivo com o meu para cima e para baixo para não deixar as idéias sumirem na memória. Muita gente me diz que o difícil é começar a escrever, que dá um branco, parece que tem uma barreira etc. Com o auxílio do gravador, você simplesmente conta a história para você mesmo. Acredite, depois fica fácil passar para o papel. Você começará apenas transcrevendo suas idéias mas, aos poucos, vai tomar gosto pela escrita e pelo processo de lapidação de texto. E posso adiantar uma coisa? Prepare-se, é uma delícia.
5) Uma forma bem bacana de praticar a escrita (e também de aprender a encarar as críticas numa boa) é criar um blog. Eles proliferam na internet e vieram ao mundo para mostrar o talento de muita gente que andava escrevendo escondida por aí. Além de ser uma maneira de mostrar a sua cara (e seu texto, claro), o blog pode te ajudar a ser encontrado por uma editora, já que cada vez mais a web se firma como celeiro de bons escribas. Se quiser conhecer o meu blog, clique aqui.
6) Não escreva sem saber aonde quer chegar, fica muito difícil. É claro que você pode – e deve – mudar a sua história ao longo do tempo, mas sempre tenha um objetivo definido. Um exemplo: quando comecei a pensar em escrever o Tudo por um Pop Star defini que seriam três amigas, fãs fanáticas (e desastradas), capazes de fazer as maiores loucuras para chegar perto de seus ídolos. Os detalhes vieram depois, nasceram enquanto eu escrevia.
7) Escolha um tema familiar, com o qual você se sinta à vontade. E pesquise o quanto for preciso para dar consistência ao seu romance. Com a Internet, pesquisar os mais diversos assuntos ficou bem mais fácil. E é uma das partes mais gostosas do trabalho de escrever um livro.
Se a história empacar, deixe o livro de lado por algum tempo, mas não desista. De tanto revisar uma parte, você pode acabar não vendo mais o que precisa ser corrigido. Deixe o texto descansar por algumas semanas e depois volte a ele com olhos renovados. Problemas que pareciam insolúveis se resolvem naturalmente.
9) Observe. Tudo. No carro, na portaria, no elevador, na night, observe tudo e todos. O cotidiano é uma infindável fonte de inspiração (bebem dela grandes autores, como João Ubaldo Ribeiro, Mário Prata e Fernando Sabino, só para citar alguns). Um comentário aparentemente inútil e sem importância que você ouviu no elevador pode render idéias saborosas para crônicas, contos e até romances. Fique de olhos e ouvidos bem abertos! Sempre.
10) Cuidado com a opinião de amigos ou mesmo de parentes. Ela pode ser desfavorável (ou não tão otimista quanto você esperava) e abalar a sua garra. Lembre-se de que a última coisa que os pais de Paulo Coelho desejavam era que ele se tornasse escritor. E quem vai dizer agora que ele estava errado? Além do mais, seu livro, por mais que você o ame e o ache perfeito, sempre desagradará a alguém. Nenhum livro (nenhum, mesmo!) tem aprovação unânime. Se alguém criticar seu texto, procure encarar com naturalidade. É difícil, mas é preciso.
11) Molho. Massa sem molho é uma lástima. Fica uma coisa sem graça, insossa, zero apetitosa. Texto sem molho é isso aí e mais um pouco. Escrever corretamente é uma coisa. Escrever com molho é outra. Uma boa história é capaz de prender o leitor. Mas uma boa história com molho pode conquistá-lo e ser o ingrediente que levará seu projeto de livro para frente. Luis Fernando Veríssimo, Fernando Sabino e João Ubaldo Ribeiro são ótimos exemplos de autores que sabem dar molho ao que escrevem.
12) Leia. Leia muito. Livros, jornais, revistas, bulas de remédio, manuais de máquinas fotográficas, blogs, gibis, não importa. É lendo que ficamos em contato com a matéria-prima de todo e qualquer escritor: a língua portuguesa. É como o treino para um jogador de futebol. Sem leitura, um escritor que podia ser craque vira apenas mais um perna-de-pau.
Estes conselhos são da escritora Thalita Rebouças que autorizou esta postagem.
Visite o blog da artista: http://www.thalita.com.br
Um comentário:
Legal. Estou no caminho certo. Os temperos ja tenho. Mão a massa com muito molho e sabor.
Skiperfox
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