segunda-feira, 30 de março de 2009


obrigado a você...

Obrigado por ter me ensinado como é amar.
Obrigado por ter feito eu sentir esse amor dentro de mim.
Aprendi com você, que amar é algo sublime.
Amar é ansiar tua chegada,
Amar é querer sempre estar ao seu lado,
Amar é sentir meu coração palpitar quando te vejo,
Amar é se emocionar simplesmente com teu olhar,
Amar é querer partilhar a vida,
Amar é querer andar de mãos dadas sentindo
teu corpo fluir através do meu.
Amar é querer dar sem querer nada em troca,
Amar é socorrer um ao outro,
Amar é fazer amor com emoção,
Amar é vislumbrar sua beleza,
Amar é adorar teu corpo e tua alma,
Amar é gostar de teus defeitos,
Amar é querer bem tudo que é teu.
Por tudo isso lhe sou grato...
Por me dar a chance de conhecer o verdadeiro amor.
Se não fosse por você, eu teria passado uma vida

sem ter conhecido o verdadeiro significado da frase:

" Eu te amo".

camila alegretti
www.milamilovisck.blogspot.com

sábado, 28 de março de 2009

 “A arte de criar”

Mesmo estando enquadrado o ser humano como o ser capaz de pensar e criar, ainda assim a “arte da criação”, é a causa da famosa tremura nas pernas que antecede aquela sensação de “frio na barriga” — o medo sutil e ativo.

Se em outras gerações, na volta de uma clareira a céu aberto iam-se desvendando mistérios em lendas e “causos”, ou mesmo, à luz de uma pequena lamparina a querosene: o ambiente mágico, demonstrado no rosto cheio de expressões e gestos, narrava do corriqueiro a histórias fascinantes, onde na certa, o moleque que as escutava traçava forma ao cenário e as personagens. E, como em um “estalar de dedos”, o campo aberto, limpo, pronto para nele semear a sua criatividade, onde em zelosos cuidados: o hábito contido de leitura — de mero passatempo ao então prazer — adensava ao “seu mundo”, movimentos vivos, penetrantes. Hoje, já não se pode da mesma maneira ativar a criatividade: base para a construção do bom conto, novela ou romance.

Deve-se, em primeiro lugar, estabelecer o “convívio” com as palavras; não adorná-las de requinte e sim entendê-las. Parece, ao deixar assim definido, quão vago este método, pouco adiantará. Entretanto, pouco - a- pouco o hábito se faz; não o deixa, o enlaça, envolvendo no seu íntimo e a esta hora começará a correr nas veias e artérias.

O início de sua trajetória está começada, no entanto, longe de desembarcar: agora começa a afeição — a arte de criar.

 Anderson Vicente - texto publicado na coletânea "Alvorecendo" Inverno de 2002




“Que a Música Toque”


— Cadê a faca da carne? Ela nunca está onde eu procuro.
A carne cortada, apesar da faca cega, temperos... As velas vão realçar a decoração da mesa.
Hoje é a vez do grande jantar romântico.
Palavras medidas, olhares insinuantes... Tudo correrá bem. Assim espero.
Olho o relógio de parede: faltam três horas. Três infinitas horas. Serei o gourmet, o músico, o amante. Claro que a música será a do aparelho de som. 
Ilude-se quem imaginar ser mero encontro amoroso: hoje é o nosso aniversário! Dois anos de felicidade.
Daqui a três horas sentirei seu perfume, aquela fragrância que me deixa doido. O cheiro da paixão, de um brutal desejo.
Na cama, a camisola amarela estendida nos lençóis de cetim.
Esta noite será especial.
Está no horário. Fiquei divagando e quase esqueci: se não tirar a minha esposa do freezer, lá no porão, não dará tempo de prepará-la. 
Enquanto isso, que a música toque.
A noite será longa.  



Este conto de Anderson Vicente foi publicado no livro Alvorada Fazendo Arte(Livro da Feira  do Livro de 2005).

Por insistencia do C.E.A, a Feira do Livro(edição de 2005)publicou o primeiro"livro da feira" e com autores locais. Hoje, a cada nova edição a feira põe em prática essa idéia.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Solidão concentrada
Nado contemporâneo
As vezes me esqueço de ontem
Não aprendi a ter medo
Tai um grande defeito
Que o tempo não corrige
E o computador
Não medita
Sou mais da escrita por não dita
Tenho preguiça de ficar sentado
Penso logo caminho
Solidão de mim mesmo apavora até índio
Realidade romântica choca até a meia-noite
Meu medo é não me acordar amanhã
Não mais te ver
Nem te sentir de perto
Não quero pagar para ter paz
Nem morrer para obter a novidade.
Agora se me permita:
Trate da escrita além do conveniente.

Rodrigo Abrahão Gomes




terça-feira, 17 de março de 2009

Ellen vai ao delírio
(alguém traz o colírio já!)

Tem milhões por aqui !
De quem é esse braço ?
Me empresta o fogo ?
Que luzes são essas ?
Parece que tem eco !
Quem convidou a minha mãe ?
Deixa eu ver se entendo;
Quem colocou perfume ou sei lá ?
A verdade é que eu acho que sou subversivo;
Tem milhões por aqui !
Me consegui um cigarro ? ...pode ser !
Que cores incríveis !
Parece que tem vida;
Quem convidou o meu pai ?
Alguém pode me dizer o que está acontecendo ?
“de novo” esta música, não !
onde é que eu estava mesmo ?
parece um filme !
cadê o colírio ?
ninguém vai acreditar onde estive;
será que já tem sol ?


Rodrigo Abrahão Gomes

quinta-feira, 12 de março de 2009

Leque 

 Poesia é amar o que não se deve;
 Sofrer por quem sequer existe;
 Pensar que a vida é um leque
 De mil versos possíveis.

(Anderson Vicente )

domingo, 8 de março de 2009


Poetas...


Todo poeta é um louco
(aos olhos dos outros)
Todo poeta é um artista
Um malabarista...

Que joga o verso p’ra cima
E recolhe os pedaços
Transforma em ouro as palavras
Coração de alquimista.

Todo poeta é um soldado
Sonhando com a liberdade
Na sua guerra solitária
Em busca da verdade...

Que chora as dores do mundo


Ivonir Gonçalves Leher, nasceu em São Gabriel - Rio Grande do Sul, em 04 de outubro de 1974. Filho de pequenos agricultores, viveu parte da infância na localidade de Costa do Salso, atual município de Santa Margarida do Sul. É casado e pai de dois filhos.
 É membro do Movimento Poetas Del Mundo.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Fernando Pessoa

“O poeta é um fingidor
  Finge tão completamente
  Que chega fingir que é dor
  A dor que deveras sente.”